terça-feira, 3 de novembro de 2009

Estou cansada...


Estou cansada!

Cansada de ter que as vezes ser o que não sou para agradar as pessoas.
Cansada de sorrir quando sinto uma enorme vontade de chorar, chorar até extravasar ou secar minhas lágrimas, que luto para que não inundam o meu rosto... Por achar que não se vale a pena.

Cansada de fingir sentir o que não sinto e tantas vezes fingi apenas para agradar aqueles que,nunca se importaram em saber se estavam me agradando.
Cansada de dizer palavras sinceras tão sinceras que mesmo assim foram duvidadas não acreditadas ou simplesmente jogadas no lixo ou debochadas, acima dessa sinceridade fora massacradas por certos convencimentos, esnobismo e mania de grandeza.

Cansada! de ouvir e nunca ser ouvida com a mesma atenção, com a mesma paciência, na maior boa vontade que eu, quantas vezes sem que pudessem ver a tristeza que se estampava em meus olhos por achar que devia ter feito mais ou quando achava que havia fracassado em ajudar quem tanto precisava da minha ajuda, para depois ganhar um beijo, o beijo da traição da falsidade, da mediocridade, o beijo que arde e machuca.

Cansada por ter que entender todos em quanto na primeira oportunidade esse mesmo todo lança um punhal em minha costas e vara devagar para que entre todo chegando a perfurar o meu coração sem se importar com a profundidade do buraco e sorrir depois do estrago sem dor na consciência se agiu certo ou errado não importa, deixam o punhal cravado lá para mutilar aos poucos.

Cansada! de viver brincando fazendo brotar sorrisos dos lábios das pessoas ou arrancando boas gargalhadas e ser tachada de engraçada, sempre com as mãos no coração das pessoas amenizando a sua dor, fazendo-as esquecer por um momento com esse meu jeito louco de ser os seus desesperos, sua solidão, depressão e fracassos
ou mesmo a dores do amor a dor da rejeição ou a dor da doença, para depois virem com palavras ásperas, duras, amargas, frias...

Cansada de amar superficialmente simplesmente por achar que o cara é legal, de amar quando se esta longe, quando perto não se sentir nada, e ter que fingir, ou achar que
ama apenas por que o perdeu e vem um sofrimento embutido, que com o passar dos dias as colas os parafusos começam a se soltar e pensamos cadê todo aquele amor?
Não era verdadeiro...
Houve sim varias vezes que pensei que estava sentindo outra vez o amor, mas não, era
apenas uma ilusão uma paixão que como num passe de mágica acaba da mesma forma que veio, termina se bem ou acaba-se muito mal mas... simplesmente acaba.

Cansada! de pessoas que não me conhecem não convivem comigo, nunca me viram, dizer que fiz ou disse isso ou aquilo e na hora da satisfação a pessoa simplesmente coloca uma cara de anjo e tira o corpo fora para não se afogar em suas próprias acusações
sem ter como se defender esquece da educação ou fingi esquecer sem nem um pedido de desculpas de ambas as partes a que disse a que acreditou, simplesmente somem e se calam assustadoramente em uma atitude covarde.

Cansada de perdoar setenta vezes sete, a cada tapa que me davam, e a cada perdão na próxima levar um soco na boca do estomago onde o dia inteiro arrasada a me perguntar
o por que desse soco, é... quando se bate não se sente dor mas prazer quando eu resolvo revidar com um tapa tão pequeno que perto dos vários socos era um gesto de carinho , ao me dar conta do que fiz, e pedir não setenta nem sete vezes mas sim um perdão, simplesmente diziam não, mas dizem para outros jamais a perdoarei o que ela fez não tem perdão.
só eu tenho que perdoar e esquecer tudo, mas... sem ter o direito de ser perdoada, mesmo assim ainda perdoarei setenta vezes sete não importa se me perdoaram ou não.

Cansada! de acharem que sou metida, que o meu jeito de ser é forçado mesmo depois de meses virem que não mudei nem uma virgula, não gosto do meu andar, do meu modo de falar odeio a minha voz, detesto a cor dos meus olhos e o meu olhar e mais ainda odeio o jeito de gesticular com as mãos e odeio quando pego para conversar sério e ser tachada de inteligente esses complementos odiosos me deram muitos traumas, e afastamentos de amigas que eu adorava e que pensava que sentiam o mesmo por mim.

Cansada de ser condenadas por amigas que costumam dar em cima de namorados das próprias amigas e acharem que farei o mesmo com elas, engraçado mesmo na idade em que
estou as novinhas eram para ser mais elas, não deviam se importar comigo, não deviam se importar por um abraço inocente, que me dão e acabam achando que estou gostando e que darei em cima, simplesmente somem, é digno de dar risadas eu sou realmente sei lá acho que era desbocada, brincalhona esse meu jeito não me faz desrespeitar tanto elas quanto eles, e nem ser vulgar a esse ponto. não me interessa pegar o que é dos outros. sexo sem amor !!! pode ser decepcionante, alem do que para isso não precisa ser namorado de "amigas" sexo acha-se em qual quer lugar a qual quer hora. cansada da vida meu Deus como estou cansada!
se eu soubesse que iria para um lugar de paz para descansar minha alma, eu arrancaria violentamente a minha vida.
Mas sei que se fizer isso nunca teria paz e não estou disposta a ficar vagando nesse mundo que para mim não é mundo mas sim um verdadeiro inferno, quero me encontrar sim com todas essas pessoas que me tornam o fardo de viver muito pesado em algum lugar,
peço todos os dias a Deus que seja rápido o meu fim, e quando chegar essa hora que seja como uma brisa leve suave que passa rapidamente.

E que não demore a chegar não terei nada a perder.
Não aguento mais levar essa cruz, sei que o meu dia esta escrito as vezes penso se essa data não podia ser antecipada, sinto em meus olhos uma tristeza muito grande
não só em meus olhos mas também dentro de mim, mas seguro as minhas lágrimas que mantenho boiando em meus olhos quando sinto que esta para cair eu simplesmente as seguro com os dedos.
Há muito não choro, não quero chorar, mas o dia que meu corpo repousar para todo o sempre, deixarei que minha alma chore e derrame todas as lágrimas que segurei mas todas essas lágrimas que escorrerão como a uma fina cachoeira irá chorar de felicidade...

(Descolnheço a autora)